Um dos mais populares livros do Romantismo brasileiro, As Primaveras (1859), de Casimiro de Abreu (1839-1860), única obra publicada em vida pelo autor, reúne poemas escritos entre 1855 e 1858. Dividido em quatro partes, tem como temas o amor, a morte e a saudade. Os poemas refletem impressões e sentimentos do eu lírico, quase sempre em primeira pessoa. Amor e Medo - Casimiro De Abreu. Amor e Medo Quando eu te vejo e me desvio cauto Da luz de fogo que te cerca, ó bela, Contigo dizes, suspirando amores: — "Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!" Como te enganas! meu amor, é chama Que se alimenta no voraz segredo, E se te fujo é que te adoro louco És bela — eu moço; tens amor, eu Poemas e Poesias – Casimiro de Abreu. A J. J. C. Macedo-Júnior A uma Platéia A Valsa A voz do rio A*** Amor e Medo As Primaveras Assim! Bálsamo Berço e túmulo Borboleta Canção do Exílio Canto de amor Carolina Cena íntima Clara De joelhos Deus! Dores Eu nasci além dos mares Folha negra Fragmento. Amor e medo - Casimiro de Abreu. Quando eu te vejo e me desvio cauto. Da luz de fogo que te cerca, ó bela, Contigo dizes, suspirando amores: -" Meus Deus, que gelo! Que frieza aquela!" Como de enganas, meu amor, é chama. Que se alimenta no voraz segredo, E se te fujo é que te adoro louco Sem carinho e sem amor! Debalde eu olho e procuro… Tudo escuro Só vejo em roda de mim! Falta a luz do lar paterno Doce e terno, Doce e terno para mim! Distante do solo amado — Desterrado — A vida não é feliz. Nessa eterna primavera Quem me dera, Quem me dera o meu país! Lisboa — 1855. Casimiro de Abreu, As Primaveras Meus oito anosCasimiro de Abreu. Oh! que saudades que eu tenho. Da aurora da minha vida, Da minha infância querida. Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras. À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! No poema de Casimiro de Abreu, "Canto de amor", o eu lírico se mostra rendido à mulher amada, capaz de qualquer sacrifício para agradá-la. Releia o poema e destaque, de cada estrofe, o que o eu lírico é capaz de oferecer ou fazer por sua amada. Cite, ao menos, um item para cada estrofe. 1 primeira: 2 segunda: 3 terceira: 4 quarta: 5 quinta: A Uma Menina. Simpatia — é o sentimento Que nasce num só momento, Sincero, no coração; São dois olhares acesos Bem juntos, unidos, presos Numa mágica atração. Simpatia — são dois galhos Banhados de bons orvalhos Nas mangueiras do jardim; Bem longe às vezes nascidos, Mas que se juntam crescidos E que se abraçam por fim. — Hei de dar-lhe a realeza Nesse trono de beleza Em que a mão da natureza Esmerou-se em quanto tinha. Correi pr'as bandas do sul: Debaixo dum céu de anil Encontrareis o gigante Santa Cruz, hoje Brasil; — É uma terra de amores Alcatifada de flores, Onde a brisa fala amores Nas belas tardes de abril. () É um país majestoso Essa terra Leia os fragmentos do poema “Amor e medo”, do livro As primaveras, de Casimiro de Abreu, e do romance A confissão, de Flávio Carneiro. No trecho transcrito do romance A confissão, o protagonista remete a um poema de Casimiro de Abreu, o qual tematiza a relação amor e medo. Diante do desejo pela mulher amada, o que aproxima o eu lírico do poema e o protagonista do romance é a Dormia e sonhava — no sonho de amores Chamava por mim, E a voz suspirosa nos lábios morria Tão terna e tão meiga qual vaga harmonia De algum bandolim! Dormia e sonhava — de manso cheguei-me Sem leve rumor; Pendi-me tremendo e qual fraco vagido, Qual sopro da brisa, baixinho ao ouvido Falei-lhe de amor! Ao hálito ardente o peito palpita Mario de Andrade analisa como o amor e o medo do amor são retratados nas obras de escritores brasileiros do período romântico como Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo. Ele argumenta que a falta de experiência real de amor pode ter influenciado negativamente a construção dos personagens e histórias. A representação da mulher costumava ser estereotipada e do ponto de vista masculino Em todos, é a fluência melódica do verso que seduz à primeira leitura. Muitos são os poemas que apetece transcrever. Decido-me por um, A Valsa, de atípica construção na obra do poeta. É uma vertiginosa cadência de palavras a cuja leitura irresistivelmente dançamos, levados pelo ritmo ternário do poema. Mais tarde, meio-século mais Leia os fragmentos do poema “Amor e medo”, do livro As primaveras, de Casimiro de Abreu, e do romance A confissão, de Flávio Carneiro. No trecho transcrito do romance A confissão, o protagonista remete a um poema de Casimiro de Abreu, o qual tematiza a relação amor e medo. Diante do desejo pela mulher amada, o que aproxima o eu lírico Analise semiótica do poema “amor é fogo que arde e não se ver”, camões, luís. Carvalho¹ Introdução Escrito em 1595, Amor é fogo que arde sem se ver é um soneto, ou seja, é composto por 14 versos decassílabo, desenvolvido em dois quartetos e dois tercetos, se apresenta no estilo mais utilizado por Camões; o Lírico. .
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